segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

CAOS AÉREO

Esse assunto rende infinitamente ou até que tomem vergonha. A vida do cidadão é sempre relegada ao segundo plano. Acima da vida está o interesse financeiro "capitalismo" na sua essência. Hoje está em voga à desordem nos aeroportos e os acidentes aéreos, a imprensa nunca vendeu tanto.

Temos outros caos cito alguns exemplos: saúde falida, segurança inexistente, analfabetismo, estradas abandonadas, roubos em todos os escalões do governo, justiça ineficiente, invasão do território brasileiro por estrangeiros e nacionais, anarquia completa nas licitações quando existe licitação. Nepotismo e protecionismo em todas as esferas do Poder Público. Incapacidade técnica nas chefias mais estratégicas do país.

No caso do caos aéreo ninguém se preocupa com as vítimas já morreram é passado, só os parentes se envolvem.

Quem compra passagem quer viajar e não quer saber se será o próximo a morrer. Quem vende quer vender mais e mais se vai morrer alguém, quem sabe, é futuro. Vemos nessa comparação que o ser humano só se preocupa consigo próprio e suas "necessidades" o resto é só o resto. O ser humano é o umbigo do universo.

Não importa se o governo é democracia ou socialismo, se o governante é da elite ou do povo. Esse tipo de comportamento é inerente ao poder e o ser humano tem essa essência incrustada.

Teremos sempre as figuras abaixo e muitas outras que não lembro agora. Subjugador e subjugado, pobre e rico, servo e amo, empregado e empregador, empresário e empregador, empresa e cliente, militar e civil, governo e povo são condições humanas que existem e haverá para todo o sempre.

A esfera do poder é uma máquina, a qual quem adentre tem que se encaixar ou é expurgado.

Sonhar com fazer coisas para melhorar a vida, a segurança, a saúde do povo "que é um mero detalhe" todos apresentam de verdade, na grande maioria, mas ao ingressar na máquina ele não pode fazer nada. Regras implícitas o impede de fazer o que idealizou e o obriga a fazer o que mandam e pronto, simples assim.

O perito que liberou a pista de Congonhas sabia que estava errado, mas a pressão do capital é mais forte e ele cede.

Ganhar e ganhar sempre multiplicar poder e capital é a meta. Quem liberou e fiscalizou a obra do edifício Palace II, que desabou, sabia que a obra não seguia as normas. O piloto do jato Legacy sabia que não conhecia a aeronave e não dominava os comandos, mesmo assim a conduziu gerando um acidente com 155 mortos. A torre de comando tinha conhecimento dos problemas sérios e ninguém relatou. O metrô de São Paulo que teve sua obra mal dimensionada e mal conduzida, desabando, foi fiscalizado e ninguém falou a verdade. As polícias sabem tudo sobre os traficantes e não os prendem.

O descaso pela vida humana é imenso e sempre em detrimento do poder. O dinheiro é a conseqüência da detenção do poder. Quem não o tem reclama. Reclamações que se perdem no nada.

De: Eliana Rocha

Nenhum comentário: